terça-feira

Kay Tate, de 25 anos, já quebrou os ossos 205 vezes

Kay Tate, de Newcastle, Inglaterra, pode quebrar uma costela ao espirrar ou com um abraço mais forte. A inglesa de 25 anos sofre de osteogênese imperfeita, condição hereditária rara também conhecida como doença dos ossos quebradiços.

Por causa da doença, a inglesa tem quase a mesma altura do filho, de 6 anos. Kay mede 1,13 metro, enquanto o filho Lewis tem pouco menos de 1 metro de altura.

- Já que ele tem quase o meu tamanho, acha que já é crescido – diverte-se a mãe.

Os ossos de Kay são tão frágeis, que ela já os quebrou 205 vezes.

- Uma vez, uma amiga me deu um abraço mais apertado, e quebrou minha costela. Ela ficou aterrorizada, mas eu achei engraçado. Eu tenho que aceitar que é inevitável que meus ossos quebrem – revela Kay, que quebrou um osso há seis meses, ao espirrar.

Apesar de encarar a doença de forma positiva, a jovem tem dores fortes e constantes. E só sente alívio ao tomar um banho bem quente.

- Eu sempre senti isso. Nunca foi diferente. Preciso lidar com a doença. Não há outra escolha – diz ela.

Mas se sente frustrada por ter que pedir ajuda as amigos toda vez que vai ao supermercado, porque não pode carregar sacolas muito pesadas. Kay também não consegue encontrar roupas com facilidade, já que veste o mesmo que crianças de 6 anos. E não é raro que seja confundida com uma criança.

A inglesa quebrou o primeiro osso no dia em que nasceu. Ela fraturou o fêmur durante o trabalho de parto. E outras 30 vezes depois disso. Tanto que precisou colocar uma placa de platina na perna, no ano passado. A mãe e a irmã de Kay têm formas mais amenas da doença, então os médicos não tiveram dificuldade em identificar o diagnóstico.

Kay andou em cadeira de rodas até os 14 anos, porque toda vez que tentava dar um passo, quebrava um osso. Mas conseguiu andar sozinha após sessões diárias de terapia. E decidiu ter um filho quando tinha 19 anos.

- Todo mundo me disse para eu não ter um filho, mas sabia que poderia lidar com um bebê. Quando engravidei, minha família ficou tão assustada que pediu para eu considerar a possibilidade de um aborto – contou ela.

Com pouco mais de cinco meses de gestação, Kay quebrou a perna e ficou presa a uma cadeira de rodas. E deu à luz cinco semanas antes do previsto. Prematuro, Lewis precisou ficar na unidade de terapia intensiva por duas semanas, antes de ir para casa. Após três meses, os médicos confirmaram que o menino não tinha a doença.

Hoje, ela diz que só teria outro filho se pudesse assegurar que a criança não nasceria com a doença hereditária. Com 5 anos, Lewis já sabia ligar para o serviço de emergência sozinho e entrar em contato com a avó, caso fosse necessário. E sabe que precisa ter cuidado ao se aproximar da mãe.

- Ele não entende muito a minha doença, nem o porquê não posso jogar futebol com ele. Mas sabe que tem que ser cuidadoso – explicou Kay.

Apesar das dificuldades para cuidar da própria vida, Kay ainda arranjou tempo para ser embaixadora da Sociedade dos Ossos Frágeis.

- Eu acho que sempre tem alguém pior que você.

Fonte: Extra Online

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