quarta-feira

Educadores e enfermeiros da rede municipal são orientados sobre doenças raras


Educadores e enfermeiros da rede municipal de Itaquaquecetuba acompanharam no sábado (28/07), o seminário denominado Doenças Raras: Informação, Acessibilidade e Prevenção. O evento, articulado pela deputada e primeira dama da cidade, Heroilma Soares Tavares (PTB) foi realizado através do Grupo de Estudos de Doenças Raras (GEDR). A ação aconteceu na sede da Secretaria Municipal de Educação, uma das parceiras do evento.

O objetivo do seminário foi melhorar as condições de informações/encaminhamentos aos pacientes e familiares sobre Doenças Raras em Itaquaquecetuba, divulgando essas enfermidades e o trabalho realizado em diversos municípios como forma de prevenção e apoio ao paciente.

Além do GEDR, o grupo Encontrar também participou da realização do evento. Na parte da m anhã, palestras sobre doenças como Mucopolissacaridoses, Doença de Pompe, Doença de Fabry, Artrite Reumatóide, Artrite Idiopática Juvenil, Autismo, TDAH e Dislexia foram ministradas.

Após o almoço, foram abordados os 10 sinais de alerta para a Imunodeficiência Primaria, Osteogénese Imperfeita, reconhecendo a Síndrome de Williams e a Síndrome de Angelman. Entre as palestras, o grupo Conta Gotas, composto por animadores, divertiu os participantes com brincadeiras e músicas.

Durante o evento, Heroilma agradeceu a presença de todos e falou sobre a importância destas ações na cidade. “Faço parte da comissão de saúde da Assembleia Legislativa de São Paulo. A minha primeira indicação de emenda destinada para Itaquaquecetuba foi na área da saúde no valor de R$ 1,320 milhão para a compra dos equipamentos do PS municipal. Percebo cada vez mais a importância em conhecer e passar essas informações sobre saúde a diante. No dia 11 de agosto, teremos este mesmo evento em Mogi que será aberto ao público”, finalizou.

Vale ressaltar que o prefeito de Itaquaquecetuba, Armando Tavares Filho, o Armando da Farmácia foi representado pelo secretário municipal de Cultura e Turismo, Jandir Jorge Souto. Além disso, participaram da ação, a vereadora Maria Aparecida Monteiro Fonseca (Cidinha), o presidente do Conselho Estadual para Assuntos da Pessoa com Deficiência, Wanderley Marques de Assis, a Presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Maria Ivete Santos de Lima, os secretários municipais de Educação, Vera Lúcia Martins Garcia, de Habitação, Márcio Jarmendia, de Saúde, Jaqueline Ghizzi, entre outros.

DOENÇA RARA

Estima-se que no mundo existam entre 5 a 7 mil doenças raras. A doença para ser considerada rara deve ter frequência de 01 paciente para cada 2 mil pessoas. Apesar deste número ser pequeno, as doenças raras afetam de 6 a 8% da população mundial. Para os pacientes de doenças raras, esta raridade tem muitas consequências desfavoráveis, tanto médicas como sociais.

MOGI

O mesmo evento será realizado em Mogi das Cruzes, com a parceira da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) no dia 11 de agosto, a partir das 9 horas, na sede da Universidade que fica localizada na Avenida Dr. Cândido Xavier de Almeida e Souza, 200. A ação acontecerá no teatro Manoel Bezerra de Melo- Bezerrão.

Vale ressaltar que o evento, em Mogi, será aberto ao público e as inscrições podem ser feitas pelo site www.artritereumatoide.blog.br. Para mais informações, acesse: http://estudandoraras.blogspot.com e http://www.pessoacomdeficiencia.sp.gov.br

segunda-feira

DEFICIENTE DO PESCOÇO PARA BAIXO, NÃO PARA CIMA .



Victor Vasconcelos
Victor Vasconcelos
Acredito que a melhor forma de começar essa seção de Depoimentos é dando o meu próprio. Tenho 34 anos e nasci com Osteogênese Imperfeita, uma patologia que enfraquece os ossos, dificultando seus portadores de andar e ainda os acometendo de inúmeras fraturas ao longo da vida. Nos meus primeiros 15 anos, tive mais de 50 fraturas, incluindo pernas, clavículas e braços. Para o leigo, esse número pode parecer alarmante e exagerado, mas não é. Qualquer pancada, susto ou desequilíbrio provocava uma fratura. Daí a doença ser também chamada de ‘ossos de vidro’.
Dito isso, é importante salientar que minha infância foi bastante peculiar, permeada por vários períodos de muita dor e limitações. Não podia correr, brincar nem nada que uma criança ‘normal’ faz. Jogar bola, uma das minhas grandes paixões, era impensável. Apesar das dificuldades, fui uma criança feliz. No final dos anos 70, quando nasci, a pesquisa médica para minha doença era bem incipiente. Mesmo meu pai sendo médico e professor da Faculdade de Medicina, não havia informações de tratamento, causa ou cura. Assim, os cuidados para não haver acidentes passaram a ser prioridade na minha família, além, é claro, de não me isolar ou fazer com que eu me sentisse inferior às outras pessoas. Nesse ponto, minha família venceu por goleada. Fui criado igual aos meus quatro irmãos, sem essa de ‘coitadinho’.
Com o passar dos anos, os ossos ganharam mais resistência e as fraturas foram rareando. As limitações físicas ainda existiam e sinto que meu amadurecimento emocional se deu em uma velocidade menor. Eu era o filho caçula e cercado de proteção. Freqüentei escolas normais, jamais fiquei dentro de casa e sempre tive muita facilidade em fazer amizades. Outra goleada de meus pais e irmãos por permitirem que crescesse sem preconceitos ou traumas excessivos. Meu pai sempre me disse: “seu problema é do pescoço pra baixo; do pescoço pra cima, você é igual a qualquer outra pessoa”. Isso significou muito para mim.
Aos 19 anos, entrei para a faculdade de jornalismo na UFC. Fui diretor do Centro Acadêmico, convidado para fazer parte do DCE. Procurei participar de todas as atividades culturais, acadêmicas e políticas que pude. Indo aonde minha cadeira de rodas podia me levar. Fiz grandes amizades, tive minhas paixões, decepções, alegrias, conquistas. Formei-me em 2000, fui eleito para a direção do Sindicato dos Jornalistas por duas vezes. Cresci muito e aquele amadurecimento tardio agora já não existia. No entanto, faltava eu fazer algo sobre minha deficiência. Nunca participei de grupos ou associações de deficientes físicos. Nunca tive contato com outros iguais a mim, nunca compartilhei minhas experiências com iguais. Isso nunca me fez falta até a entrada na faculdade.
Em 2008, comecei a mudar essa realidade. Criei um programa de rádio intitulado Sem Barreiras, na Rádio Universitária, junto com o amigo Fred Miranda. Entrevistei cinco pessoas – um deficiente visual, dois cadeirantes, um arquiteto e uma educadora. Identifiquei-me com muito do que foi dito. Percebi também que esse muito me causou um certo desconforto. Infelizmente, não pelo desconforto, o programa não foi ao ar. No entanto, aqueles assuntos eram sérios demais para serem perdidos. Três anos depois, entra no ar o Sem Barreiras, agora na internet. Como diz o título ‘Acessibilidade e cidadania andam juntos’, será esse o mote do site. Esse foi o mote de minha vida, sempre ciente dos meus direitos e das minhas obrigações como cidadão. O objetivo agora é ajudar as pessoas a entenderem que somos todos cidadãos. Este espaço está aberto a quem quiser compartilhar seu depoimento.
Victor Vasconcelos, jornalista e idealizador do site Sem Barreira
Fonte:Anjos de Cristal

sábado

Elaine Rosa Santos

NÃO DESISTIR JAMAIS!!!

Essa é a citação favorita de Elaine.
O retrato de uma vencedora!
E o sorriso, diz tudo.
Parabéns Elaine, pelo seu exemplo de perseverança!

Empreendedor vence preconceitos e se firma como palestrante.

Alexandre Abade, 33 anos, é um exemplo de sucesso e superação. Nasceu com osteogênese imperfeita, patologia hereditária. Quando criança, sofreu mais de 300 fraturas pelo corpo e sobreviveu contrariando previsões médicas. Desde a infância, aprendeu a superar desafios e, hoje, mostra que a vontade de vencer é mais importante do que qualquer preconceito. Ele começou a ministrar palestras motivacionais em escolas e faculdades da região, graças ao apoio da família. “Me deram forças para vencer e mostrar para as outras pessoas que tudo é possível, basta ter vontade e valorizar a vida”, ensina.

Apesar das dificuldades, Alexandre completou o ensino médio aos 17 anos e se graduou em Gestão de Marketing. Atualmente cursa a segunda faculdade, de Administração de Empresas, onde conheceu a parceira Simone Moraes. Juntos, integraram os conceitos de gestão e planejamento às palestras motivacionais. “A idéia é quebrar todos os paradigmas e mostrar que as pessoas com deficiência podem ser gestores de sucesso”, comenta.
Com a demanda cada vez maior, a dupla decidiu que era hora de se profissionalizar. A formalização como empreendedores individuais veio através da parceria com o Sebrae no DF, e,com isso, todos os benefícios da legalização. “A regularização foi muito importante para nós, facilitando a negociação com empresas interessadas em nos contratar. Com o CNPJ, podemos emitir notas fiscais, o que aumenta as chances de contratação”, diz.
As palestras vão além do motivacional. Alexandre e Simone ensinam valores como trabalho em equipe, liderança e planejamento, sempre ressaltando a capacidade e a perseverança. “Nosso objetivo é levar essa mensagem de que toda pessoa com deficiência é capaz de liderar, de planejar, de vencer”, conclui.

Fonte:DF

Família luta na justiça por prótese para garoto com "Ossos de Vidro'


A família de um menino que tem uma doença nos ossos luta na justiça para que ele possa receber uma prótese e volte a andar. O garoto quebra as pernas ao menor esforço e sonha em poder brincar com os amigos.

É assim, no quarto, com os brinquedos e o cachorro pretinho, que Matheus passa a maior parte do tempo. O menino de 10 anos tem Osteogênese Imperfeita, doença mais conhecida como “ossos de vidro’. A primeira fratura foi logo que aprendeu a andar. Depois, ele quebrou a perna outras 16 vezes. Para evitar o pior, ele agora só se locomove com a ajuda da mãe. “Cada vez que passa, o fêmur está se deformando. Daqui a pouco não vai poder andar e pra gente isso é um sofrimento”, conta Vanessa Barreto.

Por causa da doença, Matheus tem o tamanho de uma criança de 7 anos. Os ossos se encurtaram, e a perna direita é 5 centímetros menor. As fraturas constantes também fizeram o menino perder um ano de aula. “Tive proposta dos diretores para tirar ele da escola porque não tinham como cuidar dele, mas lutei e consegui uma pessoa na escola. Mesmo assim, tá ficando atrasado porque quando quebra a perna ele fica 45 dias deitado, não tem como se sentar”, explica a mãe do menino.

Em 2006, os pais de Matheus conseguiram, na justiça, o fornecimento de um remédio que ajuda no combate ao enfraquecimento dos ossos. O medicamento, avaliado em R$ 6 mil, é tomado a cada 3 meses. Agora, a família luta pelo direito à implantação de uma prótese que custa R$ 20 mil.

A primeira ação movida pela defensoria pública foi indeferida pelo juiz. Os parentes, então, se reuniram para tentar ajudar o menino. “Tivemos que mover toda a família e também pedir empréstimo para pagar advogado para tentar a cirurgia, mas ainda não tivemos resposta”.

Médico ortopedista, Francisco Nogueira explica que a doença afeta a produção de colágeno, que é a proteína do tecido ósseo. Segundo o especilista, em casos como o de Matheus, a prótese é implantada dentro do fêmur para proteger o osso e diminuir os riscos de novas fraturas;

O garoto de poucas palavras e de sorriso tímido tem um sonho e não é difícil imaginar o que ele deseja. “Que alguém possa ajudar”.

Fonte: UAI

Mais um herói da resistência: Mateus Carvalho.

Saiba Mateus que você é muito especial e não veio a este mundo por acaso

Doenças raras atingem 13 mil


É difícil ter acesso aos remédios e faltam centros de atendimento.

As doenças raras estão presentes na rotina de pelo menos 1,6 milhão de mineiros, 440 mil deles somente na região metropolitana da capital. Segundo dados do Instituto Baresi, cerca de 93% dos portadores do Estado sofreram até 20 anos para obter um diagnóstico preciso. O levantamento do órgão, que representa portadores de doenças raras no país, ainda apontou que 13 milhões de brasileiros, ou 6,7% da população, são acometidos por alguma das cerca de 8.000 dessas enfermidades.

A presidente nacional do instituto, Adriana Dias, explica que uma norma da Organização Mundial de Saúde (OMS) estipula que para uma doença ser considerada rara é preciso ter uma incidência de 65 casos a cada 100 mil habitantes.

Portadora de osteogênese imperfecta, doença que atinge os ossos e impede quase toda a captação de cálcio pelo organismo, conhecida também por ossos de vidro, Adriana reforça os muitos problemas enfrentados no Brasil, que ao contrário de outros países, não possui legislação para essas patologias incomuns.

"Uma doença rara causa sempre um desajuste familiar e muitas separações. Hoje, a nossa situação é muito complicada. Já virou uma questão de direitos humanos", disse, ressaltando que o acesso à medicação, a falta de centros de referência e a ausência de informação formam a tríade que dificulta ainda mais a vida de quem possui as deficiências trazidas por esse mal, que podem ser físicas, auditivas, visuais, cognitivas, comportamentais ou múltiplas.

Mãe do garoto Vinícius, 8, também portador da osteogênese, Ana Maria Caldas ocupa a função de coordenadora regional do Instituto Baresi. De acordo com ela, as barreiras surgem logo no diagnóstico. "Temos falta de preparo e pesquisas na área médica. São poucos os geneticistas no
Brasil e, principalmente, aqui em Minas", afirmou.

Como 80% das doenças raras são provocadas por questões genéticas e 12% por causas ambientais cabe a Ana Maria orientar famílias que já têm um filho portador de doença rara sobre os riscos de uma nova gravidez. "O início é sempre muito difícil. Muitos pais me procuram para saber o que fazer. Para saber qual é o primeiro passo", contou.

"O volume de pessoas com doenças raras é muito grande. Eles são submetidos a muitas experiências em busca de cura. Nós não temos, por exemplo, um protocolo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que trate das doenças raras", concluiu Adriana Dias.
Ações judiciais garantem tratamento
Para se tratar da osteogênese imperfecta, que atinge os ossos, o garoto Vinícius, 8, precisa receber duas ampolas de medicamento a cada quatro meses. Cada uma custa em torno de R$ 1.000. Segundo a mãe, que é coordenadora regional do Instituto Baresi, Ana Maria Caldas, para garantir que o Sistema Único de Saúde (SUS) fornecesse o tratamento foi preciso entrar na Justiça. "A maioria dos hospitais não tem estrutura para receber os pacientes nem para fornecer a medicação", afirmou. De acordo com ela, que já perdeu as contas de quantas fraturas o filho sofreu, somente o Hospital das Clínicas, em Belo Horizonte, teve condições de dar o diagnóstico de Vinícius. Apesar de um problema ter sido detectado ainda na gestação, somente aos oito dias de vida foi possível saber o que ele tinha. O menino ainda utiliza uma haste junto ao fêmur, que dá sustentação e corrige a estrutura óssea. O equipamento custa R$ 12 mil.

Na tentativa de reverter o quadro, o Instituto Baresi fornece assistência jurídica aos que entram nessa batalha. "Aqui em Minas, precisamos muito dessa ajuda. É uma tentativa de trazer dignidade ao portador", ressaltou Ana Maria.
Fonte: O tempo

sexta-feira

Especialistas alertam sobre mitos envolvendo a deficiência

A Osteogênese Imperfeita (OI) é considerada uma doença rara, de origem genética, que dependendo do país, pode atingir a uma pessoa para cada 50 mil nascimentos. Segundo a terapeuta ocupacional do Centro de Referência da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, professora doutora Danielle dos Santos Cutrim Garros, ela é caracterizada por uma alteração na formação óssea, o que facilita a fratura dos ossos tanto no período pré-natal, como durante a vida.

A mais frequente é a do Tipo 1. Transmitida geneticamente, a pessoa pode chegar a 30 fraturas antes da puberdade. A forma mais severa (10% dos casos) é a do Tipo II. Os bebês apresentam fraturas pré-natais, membros pouco desenvolvidos e curvos. Em 20% dos casos, são as de tipo III, podendo gerar curvatura nos ossos, chegando à impossibilidade de andar, além de deficiência auditiva na vida adulta, entre outros sintomas. A mais moderada de todas é a do tipo IV. Nela, a maioria das fraturas ocorre na infância, atingindo também às mulheres no período da menopausa.

A terapeuta ocupacional afirmou ainda que hoje existe uma série de tratamentos que evitam a frequência de fraturas. Entre os mais atuais e importantes está o medicamento Pamidromato de Sódio. “Só depois de ser acompanhada por um grupo interdisciplinar de médicos, a pessoa será selecionada e poderá tomar o remédio durante cinco dias de internação”.

Em sua tese de doutorado sobre a influência de um atendimento sistematizado de Terapia Ocupacional em Criança com Osteogênese Imperfeita, realizada na faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, entre 2009 e 2011, com 12 crianças de um a seis anos, Danielle construiu um manual de orientações para que as mães possam brincar com seus filhos.

“Até por ordens médicas”, relata a terapeuta, “havia uma privação de movimentos, muitas vezes desnecessárias. Muitas mães não conseguem sequer abraçar seus filhos, o que pode comprometer o vínculo com eles. Em minha pesquisa, oriento como brincar, quais posicionamentos são saudáveis, além de brinquedos acessíveis para comprar. Não existe segurança total e sim formas adequadas para reduzir a frequência das fraturas e até evitá-las”, esclarece a profissional.

Hoje, ao subsidiar mães, Danielle garante: “elas tendem a vivenciar mais seus filhos e a criar vínculos afetivos”. O que está faltando é um conhecimento maior do que é a doença. “O médico que desconhece não vai sequer interrogar se é Osteogênese. Muitos chegam a suspeitar de que a criança foi alvo de violência doméstica.”

Segundo a diretora técnica da Associação Brasileira de Osteogénesis Imperfecta (ABOI), Adriana Dias, que também tem OI, o tratamento tem que ser realizado por uma equipe multidisciplinar, “que conversa entre si”. Ela afirmou que a longevidade maior e o aumento da qualidade de vida, devido ao avanço dos tratamentos, trouxeram novos dilemas ainda pouco explorados. “Como a OI é considerada uma doença pediátrica, não há pesquisas de como ela se desenvolve nos adultos. Só que hoje a maioria chega a vida adulta. É preciso falar, por exemplo, de sexualidade e vida profissional”.

Segundo Adriana, também é necessário repensar a idéia da OI ser conhecida como doença de ossos de vidro ou de cristal. “O lema internacional hoje é ossos frágeis. Temos uma delicadeza óssea extrema, mas ela não nos impede de viver e sermos felizes.”

Ela ainda faz um alerta: “o atual ministro da saúde tem se sensibilizado muito pela causa das doenças raras, mas as políticas públicas estão bem devagar”.

Extraído da Revista Incluir.

terça-feira

Fraturas (1 a 3 anos)


Dá para saber se meu filho quebrou algum osso?

Ossos de crianças são mais flexíveis que os dos adultos, portanto não quebram tão fácil. Mesmo assim, em caso de queda ou impacto forte, pode haver fratura. Veja alguns sinais de que um osso quebrou:

• Barulho ou estalo

• A área está roxa ou vermelha

• Inchaço

• Sensibilidade ao toque

• Dor forte, principalmente se for num ponto específico

• Membro rígido, que não se movimenta fácil

• Dor que piora com qualquer movimento

• A criança não consegue ou não quer usar a área afetada (mas, mesmo que seu filho consiga mexer o membro ou o dedo, ainda assim pode haver fratura)

• Articulação ou membro "tortos", fora de posição

Se a área está só um pouco inchada e não há outros sintomas de fratura, dá para tentar tratar em casa e observar, para ver se melhora. Aplique gelo (se conseguir) e dê um analgésico, na dose recomendada pelo pediatra.

Se duas horas depois do analgésico a dor continuar, é melhor levar a criança ao médico. É sempre melhor pecar pelo excesso de precaução, nesse caso.

Quando a criança se recusa terminantemente a andar ou mexer o local afetado, também é preciso levá-la ao médico, porque isso é indício de uma lesão mais grave, como uma fratura.

Veja outras informações sobre como agir em caso de queda.

Existem tipos diferentes de fratura?

Sim. O osso pode quebrar de diversas maneiras, e talvez você ouça os seguintes termos:

• Fratura completa ou incompleta (fissuras e trincas): A mais comum em crianças é a fratura incompleta, em "galho verde". O osso "dobra" e só quebra de um lado. Acontece principalmente no meio de ossos longos, como os dos braços e das pernas. Na fratura completa, o osso quebra completamente.

• Fratura sem desvio ou desviada: A nomenclatura refere-se ao alinhamento das duas partes do osso. Se houve desalinhamento, ou seja, uma das partes do osso saiu do lugar, é uma fratura desviada. Se não, pode ser só uma fissura ou trinca.

• Fratura aberta ou fechada: Determina se houve rompimento da pele ou não. A fratura aberta também é chamada de fratura exposta.

• Fratura ou fissura por estresse: É quando o osso se quebra depois de um esforço repetido no mesmo ponto. Aparece mais em jovens, devido à prática esportiva.

• Fratura patológica: Quando o osso se quebra por algum fator interno do corpo, como alterações do metabolismo de cálcio, doenças genéticas com enfraquecimento ósseo, crescimento de um tumor ou infecções.

• Fratura articular: Quando a articulação é comprometida.

Em que casos é preciso chamar a ambulância ou o resgate?

Se seu filho sofreu um acidente e você acha que ele pode estar com uma lesão grave no pescoço, nas costas, no quadril ou na cabeça, chame uma ambulância e procure mantê-lo o mais quieto possível.

Procure evitar o impulso de pegar a criança no colo ou tirá-la dali o mais rápido possível. O movimento brusco pode agravar uma eventual lesão na medula, o que pode causar danos neurológicos que poderiam ter sido evitados.

Em caso de fratura exposta, quando o osso rompe a pele, é preciso levar a criança rápido para o hospital, porque há risco de infecção ou hemorragia. Não mexa nem assopre a ferida. No máximo envolva-a em gaze ou um pano limpo, para conter o sangramento, enquanto não obtém atendimento médico.

Você também precisa levar a criança rápido para o pronto-socorro se ela tiver:

- Batimentos cardíacos acelerados ou irregulares

- Pele pegajosa ou azulada/arroxeada

- Respiração rápida e superficial

- Confusão mental ou desmaio

- Sangue no vômito ou quando tossir

Não se esqueça de manter os telefones de emergência sempre à mão. E não dê nada para criança comer ou beber enquanto o socorro não chega. Se precisar de cirurgia, os médicos vão preferir que ela esteja em jejum.

Meu filho está aparentemente bem. O que faço?

Observe a criança com atenção. Veja se ela reclama ao apoiar o membro afetado, se manca, se chora quando alguém mexe na área. Em caso de dúvida, é sempre melhor conversar com o pediatra ou levá-la a uma clínica ortopédica ou pronto-socorro, para uma avaliação melhor e possíveis exames de raio X.

Jamais tente "consertar" a posição do osso. Se conseguir, evite que seu filho mexa na área afetada, e tente mantê-lo calmo.

Você também pode aplicar gelo, e ver se consegue manter o local elevado (a perna para cima, o braço numa tipóia improvisada), enquanto não obtém atendimento médico. Analgésicos como o paracetamol e a dipirona podem ser dados, na dose indicada na bula ou pelo pediatra, para aliviar a dor.

É verdade que fraturas em criança saram mais rápido?

Sim, é verdade. Muitas vezes, a fratura pode ser resolvida na criança só com o gesso, enquanto em adultos chega a exigir cirurgia.

Por outro lado, fraturas em crianças podem causar problemas, se acontecerem perto da cartilagem de crescimento, que é o local onde as novas células ósseas se desenvolvem. Por isso, dependendo do caso, o médico pode querer acompanhar a área por um ano ou mais, para ter certeza de que a recuperação está sendo completa.

Cuidados especiais com a criança engessada

A Sociedade Brasileira de Ortopedia Pediátrica recomenda cuidados especiais depois que a criança é engessada ou imobilizada. Embora o gesso tradicional funcione bem, o sintético tem a vantagem de ser mais leve e secar mais rápido (embora não possa ser molhado).

Se, depois de imobilizada, a criança continuar reclamando de dor, é bom levá-la de volta ao médico.

Veja os sinais de alerta:

- Dor intensa e progressiva, que não responde ao uso de analgésico.
- Inchaço nos dedos
- Palidez nos dedos ou extremidades roxas
- Dedos frios
- Formigamento ou alteração de sensibilidade
- Dedos muito dobrados
- Dificuldade para mexer os dedos.


Fonte:
Conselho Médico do BabyCenter Brasil

segunda-feira

[Novidade] - Nascente: "Chega de Mas!" de Sean Stephenson


Sean Stephenson nasceu com Osteogénese Imperfeita (OI), fazendo parte dos cerca de meio milhão de “meninos de vidro” que sofrem com a doença em todo o mundo! Hoje, com 33 anos, Sean é um exemplo de superação, mas não é o único. Viver com OI, que em Portugal, segundo dados da Associação Portuguesa de Osteogénese Imperfeita (APOI), deverá afetar cerca de 660 pessoas (existem apenas uma centena de casos diagnosticados e com seguimento), pode não ser impeditiva de alcançar sonhos.
A jornalista Mafalda Ribeiro, talvez o caso mais mediático em Portugal, é disso exemplo.
Sobre o Livro:
«Gostava de poder voltar atrás no tempo, para abraçar aquele menino que chorava sozinho na sala de Biologia e dizer-lhe que um dia ele atrairia algumas das mulheres mais bonitas, mais talentosas e mais carinhosas do planeta. Infelizmente, o mais provável seria ele não acreditar em mim. Tinha demasiados MAS. Aprendi que quando as pessoas se escondem atrás das suas limitações, não veem mais nada. É por isso que embarquei numa corrida sem fim para ajudar as pessoas a despertarem — nem que tenha de as sacudir, só para lhes provar que são capazes de ultrapassar todo e qualquer obstáculo que lhes surja na vida. Lamentavelmente, por vezes é quase impossível combater a mais poderosa força negativa do mundo: o tamanho do MAS de uma pessoa!
Fui a 47 Estados e seis países, e todos os anos encontro-me com milhares de pessoas. Eis o que aprendi: a única coisa que alguma vez nos impede de termos aquilo que queremos na vida é o tamanho do nosso MAS. O nosso MAS é aquela desculpa confortável em que nos apoiamos, sempre que queremos desistir, quando achamos que já não podemos fazer mais nada para resolver os nossos desafios, alcançar os nossos objetivos ou emendar os nossos erros. Parece-vos familiar?»

Sobre o autor:
Sean Stephenson nasceu com osteogénese imperfeita, e os médicos não acreditavam que sobrevivesse. Até aos 18 anos, Sean sofreu mais de 200 fraturas e cresceu apenas até aos 90 cm. Como consequência, ficou confinado permanentemente a uma cadeira de rodas. Apesar dos desafios que teve de enfrentar, o modo como Sean escolheu viver a sua vida tem inspirado milhões de pessoas por todo o mundo, incluindo o famoso autor e orador americano Anthony Robbins, o empresário Richard Branson, o antigo presidente dos EUA Bill Clinton, e o Dalai Lama.
Licenciado em Ciência Política, trabalhou com congressistas e governadores, e estagiou na Casa Branca durante a presidência de Bill Clinton. Decidiu depois partilhar a sua vontade de viver com os outros, e iniciou uma carreira como orador motivacional, tendo viajado por vários países e realizado palestras em escolas, empresas, hospitais e prisões. Trabalha como psicoterapeuta no campo da motivação e autoestima, e é formado em Programação Neurolinguística e doutorado em Hipnoterapia Clínica.

Fonte:tertuliasalareira
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